quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano igual

Mais um ano e o ritual é o mesmo, as promessas as mesmas, as notícias, novelas, temas de músicas, amores mal resolvidos, passado invadindo o presente e atrapalhando o futuro, moda igualzinha, emprego, bairro, namoro, filmes, amigos, programas de fim de semana, tudo igual, igual, igual.
Limpeza nas caixas em cima do guarda-roupa ou embaixo da cama.
Limpeza nos e-mails e nos arquivos do computador.
Contabilização de gastos e previsão de ganhos para o próximo ano.
Tudo exatamente como no ano anterior, e no outro e no outro.
Corte de cabelo não muda, a cor é a mesma (um pouco desbotada), o shampoo é o mesmo também.
Os anseios permanecem inalcançáveis e imutáveis...
Queremos emoção mas nada de riscos, no fundo não temos coragem de sair da nossa zona de conforto.
A vida passa e corremos, escondemo-nos para vê-la passar, sempre
ás margens...
Não ousamos mudar de cor preferida, de profissão, de prato predileto, perfume, bairro, sapatos, bolsa, lanche no mc donalds, sabor da pizza, óculos escuros!!!!!
Deixamos de experimentar, acostumamo-nos ao "mesmo de sempre".
Reclamamos das mesmas coisas todo dia.
As mesmas coisas nos desapontam, as mesmas pessoas, as mesmas palavras e mesmas situações desagradáveis em que voluntariamente nos metemos.
Os mesmos pensamentos, os velhos conceitos, as sentenças iguais.
Dá trabalho se reinventar e com isso tornar a vida algo novo todo dia, mas vale a pena, eu garanto!
Então, para 2010 eu desejo CORAGEM.
Coragem pra dizer a verdade e experimentar uma pizza de escarola ou lombo, coragem pra comprar uma bolsa branca mesmo que ela fique suja muito antes de vencer a fatura do cartão, coragem pra liberar quem vc não ama o suficiente e agarrar quem pode ser seu amor verdadeiro, coragem pra ficar sozinho e encarar o que tem dentro de si, coragem pra olhar um desconhecido e dizer bom dia.
Ouse e dê uma chance a uma nova amizade, a um estilo musical diferente, um livro que não tem nada a ver com os mesmos que vc lê sempre, uma cor que vc acha não combinar com nada, óculos de sol extravagantes e um cheiro mais adocicado.
Permita-se experimentar tudo o que Deus criou pra vc usufruir e compartilhar.

SELO





Ganhei um selo da Nahra!


*Regra: citar 5 coisas que considero como realidade utópica, de tão lindas:

1-Amor

2- Lealdade

3- Perdão

4- Bebês

5- Sorrir


*Como não especifica o número de blogs para repassar o selo vou repassar para alguns:


http://palavras-emomentos.blogspot.com/

http://loucurasdeumsao.blogspot.com/

terça-feira, 27 de outubro de 2009

E EU VOU ME DIVERTINDO COM O DESTINO...

Muitas amigas afirmam que a minha vida daria um livro. Talvez pela velocidade de acontecimentos ou pela intensidade de emoções. Longe de querer me gabar, mas admito que sou recordista no assunto. Quando sentamos à mesa para atualizar os babados, as minhas notícias sempre dão o maior ibope, acabam sendo as mais engraçadas, as mais originais, as mais tórridas, as mais imprevisíveis e bombásticas. O fato é que eu sempre vivi sob adrenalina, isso me atrai muito, o risco dorme e acorda comigo, minhas relações precisam de um frio na barriga e isso é constante, caso contrário, nada feito. Emoções tão fortes assim são diretamente proporcionais ao fator “entrega”. Outro ponto importante é que nunca me esquivei, nunca deixei de amar, nunca evitei o “vamos viver” com medo do unhappy end ou happy end. Sim, há muita gente por aí que tem medo até de um final feliz, existe louco pra tudo. E não adianta, já tentei ser certinha, fazer as coisas politicamente corretas, jogar no time “peace and love”, seguir o exemplo das minhas amigas que acertaram o cupido em cheio e hoje podem desfrutar de seus companheiros na mais perfeita harmonia, mas descobri que me torno uma chata, insuportável, ranzinza. Claro, aquela não sou eu mesma. Então, volta tudo como era antes, vamos incorporar a “Vera Fischer”, era assim que a minha antiga (não mais) taróloga me denominava. Sim, sou vista exatamente assim, um furacão, alguém que vai sempre ao encontro das mais estonteantes sensações, sejam elas boas ou ruins, é o preço.

Posso eu passar pela feliz ou infeliz (ainda não sei o desfecho) coincidência de me envolver com 2 irmãos sem que eles tenham me apresentado um ao outro? Vou ser mais clara. Posso eu me apaixonar por um homem, tentar conquistá-lo insaciavelmente durante 3 anos, e quando tudo está resolvido, seu destino marcado com um enlace matrimonial, quando estamos tentando trocar nossa relação de carinho por amizade e finalmente o conformismo se instala em mim por aceitar que ele não será o pai dos meus futuros filhos nem o marido que eu tanto almejo, eis que viajo para um hotel fazenda e me deparo com o irmão dele. Quase que uma sósia, o sorriso, o jeito, o olhar, chega a ser indefinível, inacreditável. Alguém me belisca, por favor.

Agora me perguntem... como eu sei que eles são irmãos? Salve Orkut. Desvendado o mistério, começa o frio na barriga, quem vai descobrir primeiro???? E começam as suposições... será que ele vai dar continuidade a essa relação mesmo quando tomar conhecimento do quanto eu gostei do irmão dele? Durante a viagem pensei em contar tudo, mas tive medo. Medo de não conseguir viver o que estava ali de bandeja me convidando, medo da recusa, da rejeição, medo do “politicamente correto” falar mais alto, medo dele achar que eu só me aproximei dele pra buscar o irmão. Omiti um grande fato, sou ré confessa. Mas, a vida me deu um golpe de mestre. Seria um castigo ou um presente? Enquanto a resposta não for revelada, vou me divertindo com o destino...

Valentina, fechado o 1º capítulo do nosso livro.

domingo, 30 de agosto de 2009

Pedras


Foto tirada na Faculdade Belas Artes (Segundo dia de curso de fotografia)
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Há pedras no seu caminho? No meu existem várias. Já me aconselharam a fazer castelos, mas castelos dão muito trabalho e são pura ostentação. Eu busquei uma opção que se encaixa mais com meu estilo de vida. Divirto-me com elas, com cada uma delas, com todas que vem em minha direção.
Pedras atiradas, pedras de tropeço, pedras que batem no peito...são tantas. No fim o objetivo é o mesmo, nos acertar, nos afetar, nos machucar pra derrubar. E como já vivemos nos equilibrando numa corda bamba nem precisa muita força para nos fazer cair. O fato é que eu escolhi me divertir.
O segredo é justamente este “escolher”, assim como dizia Vinicius eu também acredito que é melhor ser alegre que ser triste. Então, com ou sem pedras eu escolho ser alegre.
E as pedras? Elas batem em mim e caem no lugar de onde nunca deveriam ter saído: o chão.
Enquanto eu sigo em frente brincando de me desviar, atirando algumas no lago, desenhando corações na terra, jogando amarelinha e até mesmo escolhendo pedra, papel ou tesoura. E hoje eu escolhi o papel.

SELINHO




O AMOR AOS PEDAÇOS, muito feliz, recebeu seu segundo selo.
Foi o selo Vale a pena ficar de olho nesse blog!, das mãos de Adir do QUERO QUE VOCÊ LEIA .
Hoje o selo é publicado aqui, com um especial agradecimento ao QUERO QUE VOCÊ LEIA (http://queroquevoceleia.blogspot.com)

Devo indicar 10 blogs. Aí estão:
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Loucuras De Um São
http://loucurasdeumsao.blogspot.com/

A vaidade quer aplausos
http://avaidadequeraplausos.blogspot.com/

A light breeze made me remember
http://jocristina.blogspot.com/

Eita e agora?
http://eitaeagora.blogspot.com/

Palavras e momentos
http://palavras-emomentos.blogspot.com/

Com açucar, com afeto
http://ela-aquariana.blogspot.com/

Abacate batido
http://abacatebatido.blogspot.com/


Fabricante de sonhos
http://millaborges.blogspot.com/

Tripé é o tempo
http://tripe-e-o-tempo.blogspot.com/


Revelar-me
http://sualicia.blogspot.com/

.Regras para postagem:
- Exiba a imagem do selo que você acabou de ganhar.
- Poste o link do blog que te indicou (muito importante) (no caso aqui: Quero que você leia(http://queroquevoceleia.blogspot.com/)
- Indique 10 blogs de sua preferência, avise aos seus indicados e publique as regras.
- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Soma

Lendo um texto hoje parei nessa frase: "Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam"
Sinceramente também acredito que o propósito deva ser este, mas analisando friamente cheguei à conclusão de que nem eu mesma seria capaz de somar. Descobri que já trago o valor total, sem precisar do outro pra somar, aliás, nem sobraria espaço pra ele.
Na verdade este é o problema de dez em cada dez mulheres. Você pode até fazer essa cara de “Que absurdo! Eu não sou assim!!!”, mas vou elencar vários exemplos aqui que comprovam esta teoria.
Vasculhando meu computador descobri que já decidi meu futuro sozinha, to só esperando alguém pra ocupar o espaço que lhe cabe e permanecer calado, ou melhor, reproduzir as frases que eu também já imaginei que ele deve falar.
Parece meio assustador, mas o fato é que na pasta das minhas imagens já tenho a foto do modelo do vestido de noiva que eu quero e a foto da flor que vou por no cabelo. Na pasta das minhas músicas já tenho uma seqüência de músicas que eu com certeza tocaria no meu casamento e na pasta dos meus vídeos o clipe da música que entrarei na igreja. Nos meus favoritos já adicionei sites de fotógrafos, bufês, chácaras, aluguéis de carros, modelos de convites legais e lugares charmosos pra lua de mel.
Fora isso, já tenho uma lista de possíveis bairros pra morar, já pensei na decoração da casa, no carro que terei, já sei quantos filhos quero ter, os nomes que darei, a profissão que exercerei pra facilitar a educação deles, os colégios que eu gostaria que eles estudassem.
Está tudo mais que pensado e decidido, só falta um detalhe para que tudo se concretize: o outro.
De repente fiquei com pena do outro, porque o que quer que ele traga será inútil diante de todas as decisões tomadas sem a menor preocupação com a vontade dele.
Em Gênesis Deus diz ainda no Éden: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
E eu penso...ajudadora? Idônea? Cadê?
Nunca seremos capazes de ajudar alguém que nem ao menos enxergamos.
Infelizmente estamos cada vez mais perdendo a capacidade de enxergar algo além de nós, algo que não seja nossos anseios egoístas.
E o outro muitas vezes vem com sua porção, querendo somar, mas a gente já ta com a porção completa. Então a matemática deixa de ter lógica porque mesmo sendo dois sentimo-nos como se fôssemos um, não “um” como resultado da soma, mas como “um” que tem o outro ao lado e não se mistura.

domingo, 21 de junho de 2009

Solidão

“Você já foi à mercearia com o estômago vazio? Você é um alvo fácil. Você compra tudo o que não precisa. Não importa se é bom para você - você quer apenas encher a barriga.
Quando você é solitário, faz o mesmo na vida: apanha coisas na prateleira, não porque precise delas, mas porque está faminto de amor.
Por que o fazemos? Porque tememos enfrentar a vida sozinhos. Por medo de que nada se encaixe, tomamos drogas. Por medo de parecer miseráveis, entramos em dívida e compramos a casa. Por medo de passar despercebidos, vestimo-nos para seduzir ou impressionar. Por medo de dormir sozinho, dormimos com alguém. Por medo de não ser amado, buscamos amor em todos os lugares errados.” Max Lucado
Estou lendo um livro e esta semana li um capítulo sobre a solidão, este trecho me chamou muita atenção por retratar perfeitamente a realidade que vivemos hoje. É exatamente isso que se vê por toda parte: GENTE FAMINTA DE AMOR.
Mas por onde anda quem está disposto a amar? Existe um anseio latente de sermos amados, mas poucos estão dispostos a amar. Nós apenas queremos, esperamos e nada damos. E pior, se damos tem que ser do nosso jeito, mas na hora de receber não importa as condições do outro as coisas precisam acontecer exatamente do jeito que esperamos. Acontece que agindo dessa maneira não sairemos da espera nunca.

domingo, 17 de maio de 2009

Considerações sobre o amor

Recentemente me encontrei com uma amiga que está de viagem marcada para a Austrália e conversamos muito sobre suas motivações para esta viagem que não estava nos planos.

O fato é que ela conheceu uma pessoa e eles começaram a se envolver em um período que esta pessoa estava se preparando para morar lá, tentar a vida lá e esquecer um amor. Essas coisas acontecem. De repente se o cara tivesse agüentado mais um pouco nem precisaria sair do Brasil pra esquecer a ex. Mas minha amiga caiu de pára-quedas nessa história e no calor da paixão, ela ta de malas prontas. Eles só ficaram juntos aqui por 4 meses, mais 8 meses que ele está lá persuadindo-a a ir também.

Então comecei a questioná-la sobre suas reais motivações, não que eu queira jogar areia no romance conto de fadas dela, eu acredito no amor, porém em um amor real, não nessa idéia que vendem pra gente através da indústria cinematográfica.

Não condeno o fato de ela largar tudo aqui pra viver seu grande amor, desde que seja de fato amor, ou desde que ela esteja consciente de todas as conseqüências que sua decisão acarretará. Ela não estará só mudando de país, mas de estado civil, pois ela ta saindo daqui solteira e vai chegar lá casada! Vai morar com ele...ai meu Deus do céu!!!!!!!!! Eu como amiga fico com o coração na mão, porque e se ela sofrer, quem vai estar lá pra segurar a bronca, pra aconselhar, chorar junto, fazer rir pra disfarçar a preocupação?

E eu dizia: “É a sua vida, é o que vc tem de mais precioso, é algo que é todo seu e vc tá escolhendo dividir seu bem mais precioso com alguém por uma vida inteira. E este dividir não tem nada a ver com compartilhar momentos, dívidas, conta bancária, a mesma casa etc. É bem mais profundo, é algo que alcança a alma, onde estão concentradas suas vontades.”

E ela respondia: “ Calma amiga, se não der certo a gente separa e pronto!”

SIMPLES ASSIM! ? !?! !?! !?! ?! ?! ?! ?

(Acho que eu sou de outro planeta por acreditar que casamento tem que ser pra sempre).

E eu continuava: “Mas não é simples assim! Me preocupo se vc ta preparada para as feridas que uma separação pode causar. Você realmente ama esse cara?”

Ela convicta: ”Claro!”

Ok, vou reformular a pergunta: “Vc ta disposta a considerar as experiências, opiniões e vontades do outro com o mesmo grau de importância que as suas próprias experiências, opiniões e vontades, sem menosprezá-las como a maioria das pessoas faz? E tem até quem considere, porém com um peso diferente, mas eu to falando de colocar no mesmo patamar. Eu não to falando de colocar na balança, to falando de expor na bandeja tudo junto sem distinção.”

E ela já impaciente:” Mas vc acha que eu devo anular minha vontade?”

Eu respirando fundo: ”Não to falando isso amiga, não é desconsiderar a sua vontade ou opinião, mas ponderar levando em consideração a dele antes de decidir algo, seja algo simples do dia-a-dia ou algo mais complexo e decisivo para a sua vida ou a dele.”

Ela arregalou os olhos e disse: SIMMMMM

E eu aliviada, ufa! “LEGAL, então deixa eu dar um exemplo simples pra me certificar de que vc realmente entendeu o que eu quis dizer. Vc quer tomar um café puro e antes de pedir ele opina dizendo que vc deveria pedir com leite, qual a sua reação? Pára e pensa ou finge que nem ouve o que ele sugeriu, mas decide pelo café puro porque a sua opinião vale mais que a dele. Ou baseada na experiência de vida dele que é diferente da sua vc tenta detectar por qual motivo ele iria sugerir que vc tomasse seu café com leite e não puro. Então vc poderia chegar à conclusão de que ele é meio inseguro e gosta de ter sempre o controle da situação, por isso tenta sempre fazer prevalecer a vontade dele em qualquer situação. É claro que sendo assim vc vai manter sua opinião, sendo amável e não entrando em disputa porque isso só faria crescer nele esse sentimento de insegurança. Ou ainda baseada na experiência de vida dele vc se lembraria que ele tem problema de estômago e passa mal se tomar café puro e como quer dividir o café com vc arrumou um jeito de testar se vc realmente presta atenção nele (acredite ou não as pessoas nos testam nas pequenas coisas) e vc como é muito sagaz e realmente presta atenção nele, vai escolher com leite dessa vez pra ele se sentir importante (a gente faz essas coisas por amor também) e de uma outra vez vc compra com leite pra ele e puro pra vc (saber abrir mão no momento certo é fundamental para o sucesso de qualquer relacionamento).

No fim não importa muito se vc quis com ou sem leite, mas importa muito se vc considerou que existe alguém ao seu lado que merece ter suas opiniões, vontades e experiências de vida levadas em conta e mesmo que não mereça é isso que ela anseia senão não teria escolhido dividir sua vida com alguém.”

Sendo assim ela disse: Acho que não to preparada, mas as passagens estão compradas e eu não esqueceria das suas palavras nos momentos decisivos.

Vai com Deus amiga!!!!!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

E se um dia a gente se encontrar... vai ser lindo!

Hoje vim falar do meu primeiro amor. Aquele que conseguiu selar meu coração para sempre. Aquele que, passem quantos amores passarem, jamais será esquecido.

Ele me lembra pagode do Raça Negra, muitos fins de semana em Saquarema e Araruama, tinha uma Parati vinho e uma sunga laranja (hahaha). Sou capaz de lembrar qualquer detalhe que se refira a ele, e olha que tenho péssima memória. Foi nele que me deparei pela primeira vez com a imagem do meu príncipe. Foi com ele que sonhei infinitas noites em busca do que não conseguiria na vida real.

Estou falando do melhor amigo do meu pai. Isso mesmo (rsrsrs). Não se assustem, ele não é tão velho quanto parece, mas nossa diferença de idade foi suficiente para ele desconsiderar a ideia de me namorar. Logo eu, que desconheço a palavra “impossível”. Pois bem, lutei e consegui. Não um namoro, o namoro eu deixo por conta dos rótulos, mas consegui arrancar dele muitos beijos, olhares, suspiros, carinho, dancei muito pagode agarradinho, ai ai ai... rsrsrs

Aconteceu há 13 anos atrás, justamente a nossa diferença de idade. Depois nossas vidas tomaram rumos completamente diferentes. Ele está casado e tem 2 filhos. Eu, solteira, em busca do meu grande amor. Mas ainda temos um vínculo, meu pai. E ele, ou o destino, ou seja lá quem for, tratou de nos reaproximar.

Não sei quem é a maior tentação, eu ou ele. É recíproco, é um misto de desejo e medo, sensação de despertar o gigante que ficou adormecido por anos. Vontade de jogar tudo pro alto e correr pros braços do aconchego. Mas é duro olhar pra realidade, existem outras vidas envolvidas. E eu decidi que mesmo acreditando na força desse sentimento não vou passar por cima delas, não vou atropelar a história dele. Decisão provocada por algumas sessões de análise e lembranças de diálogos com minha amiga Valentina.

Por sabedoria, estou me afastando para permitir que ele viva a sua história e o que fica é todo o carinho dos momentos mais puros e mais entregues que eu vivi com um homem.

Disse a ele: Vai, vai viver. E se um dia a gente se encontrar... vai ser lindo!

domingo, 19 de abril de 2009

Com açúcar, com afeto

Impressionante esse instinto materno que a maioria das mulheres tem. Relembrando alguns antigos relacionamentos eu percebo como FUI MÃE dos meus namorados.

Sem perceber lá estamos nós cuidando, protegendo, é um querer bem mais que bem querer.

A gente toma partido deles até contra nós mesmas. Eu já me peguei várias vezes travando discussões sozinha, buscando incansavelmente argumentos pra defender meu amado de mim mesma, da minha razão e amor-próprio que por vezes tentaram dar as caras.

Mas quando se está apaixonado a gente só enxerga o outro: as vontades do outro, os sentimentos do outro, os medos do outro, as necessidades do outro, a vida do outro.

Apaixonar-se é esquecimento...começando pelas experiências anteriores que deveriam nos alertar pra roubada em que estamos prestes a nos meter, e por fim um esquecimento da nossa própria existência.

É tudo tão irracional que quando acaba a gente se pergunta: “Onde é que eu estava esse tempo todo?”

E quando se é mãe acontece isso também, porque por um longo tempo a gente só sabe babar e dizer sim aos nossos bebês, tudo passa a ser em função deles e como dói contrariá-los. Mas chega um ponto que este encantamento acaba (normalmente na adolescência) e então viramos as chatas. Pior é a culpa de ter cedido tanto, nos deixado seduzir tanto e olharmos para nós mesmas e repararmos na sombra que nos tornamos, e então a mesma pergunta: “Onde é que eu estava esse tempo todo?”

A resposta ninguém sabe...

Isso me lembra uma música do Chico.

Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê!
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é um operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê!
No caminho da oficina, há um bar em cada esquina
Pra você comemorar, sei lá o quê!
Sei que alguém vai sentar junto, você vai puxar assunto
Discutindo futebol
E ficar olhando as saias de quem vive pelas praias
Coloridas pelo sol
Vem a noite e mais um copo, sei que alegre ma non troppo
Você vai querer cantar
Na caixinha um novo amigo vai bater um samba antigo
Pra você rememorar
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê!
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Ainda quis me aborrecer? Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sutil diferença

Acho que existe uma grande diferença entre ser amado e sentir-se amado.
Já me senti amado por homens que hoje, analisando friamente não sei se me amaram de fato. Por outro lado fui muito amada por homens que não se fizeram entender, não demonstraram como eu esperava e no final: frustração. Mas hoje eu vejo que me amaram, meio sem jeito, mas aquele sentimento existiu, pairou no ar e só não se concretizou por culpa da expectativa (sempre atrapalha!).
Quando tinha 14 anos protagonizei um triangulo amoroso com o Leandro e o Luís Fernando. Eu namorava o Leandro e comecei a me envolver com o Fê do nada, lembro do primeiro beijo de novelaaaa), lembro que ele era todo errado, tinha parado de estudar, não tinha muito jeito com as palavras, era meio frio e até grosseiro as vezes, fumava maconha e não trabalhava.
Já o Leandro sempre foi o genro que minha mãe pediu a Deus, sem vícios, trabalhador desde cedo, sempre dizendo sim, romântico, atencioso, carinhoso etc etc etc. Ambos tinham 17 anos.
Eu me sentia muito dividida, mas como nunca fui boa atriz o Leandro percebeu minha frieza e acabou terminando comigo e quando eu ia cair nos braços do Luís minha mãe descobriu a fama e deu um escândalo...resultado: fiquei chupando dedo.
Eu me lembro até hoje da cara de decepção dele quando eu disse que teríamos que terminar porque minha mão não aceitava. Ele dizia: “Mas eu parei de fumar por sua causa!”, “Tava voltando a estudar, tô até procurando emprego”. E eu de coração partido porque não sentia tanta firmeza nele pra brigar por aquilo que eu sentia e que acreditava não ser correspondido a altura.
Acabei voltando com o Leandro...caminho mais fácil e seguro (Por que essa busca incessante por segurança ???).
Hoje posso dizer que o Fê me amou de verdade, mesmo não sabendo demonstrar com palavras, foi ele que abriu mão de um monte de coisa por minha causa, enquanto o outro só dizia sim por conveniencia e pra sustentar uma imagem que os outros tinham dele, afinal de contas ser de verdade dá trabalho. É muito mais fácil vestir a máscara da conveniencia e se dar bem com todo mundo, manipular situações e se fazer de interessado só pra se sentir interessante. No fundo o Leandro nunca fez nada por mim e sim por ele mesmo.
No fim eu acabei vítima das minhas expectativas, o Fê do preconceito e o Leandro da própria hipocrisia porque perdeu a oportunidade de viver algo de verdade.

"Precisamos ser ousados o bastante para sermos diferentes, humildes o bastante para cometermos erros, selvagens o bastante para ardermos com o fogo do amor, reais o bastante para que os outros vejam o quanto somos falsos." Brennan Manning

quarta-feira, 11 de março de 2009

Selinho Roxie

Ganhamos (Eu e Pietra) um selinho e agora vou postar as regras ok?!

1ª- Exibir a imagem do selo "Seu blog é ROXIE!" e escrever essas regras abaixo dele.

2ª- Colocar quem te deu o selo nos seus blogs indicados (amigos).
Agradeço à Suzana (http://avaidadequeraplausos.blogspot.com/) :) Muito obrigada!

3ª- Escrever 5 coisas que são ROXIE: 1- sobre música, 2- televisão e cinema, 3- três países que sonha em conhecer, 4- três cores favoritas, 5- três hobbies (Não sei se isso interessa a alguém, mas regras são regras...)

1 - Joss Stone, Roberto Carlos, Ray Charles, Filhos do Homem etc etc etc.

2 - O Gangter, O curioso caso de Benjamim Button e O amor não tira férias.

3 - França, Inglaterra e Japão.

4 - Lilás, branco e preto.

5 - Ler, Ver filmes e pensar.

4ª- Indicar 10 blogs que você ache ROXIE.

http://loucurasdeumsao.blogspot.com/

http://abacatebatido.blogspot.com/

http://trezende.wordpress.com/

http://bonequinhadeseda.blogspot.com/

http://folhascaindo.blogspot.com/

http://ciciando.blogspot.com/

http://cafevanilla.wordpress.com/

http://eitaeagora.blogspot.com/

http://saladaabrasileira.blogspot.com/

http://saladaabrasileira.blogspot.com/

http://malumartins.wordpress.com/


5ª- Avise a pessoa que você indicou, deixando um comentário para ela.

Todos foram avisados! *-*

Bjksss

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Dando nome às coisas

Ao contrário da minha amiga Valentina, resolvi começar falando sobre o meu último amor, ou... como ele mesmo definiu: a minha “paquera” (rsrsrs).

Engraçado isso... que necessidade é essa que a gente tem, ou que pelo menos eu tenho, de dar nome às coisas?????

Confesso que estava em crise por estar me relacionando com um homem e não conseguir definir o que exatamente era aquilo.

Seria um ficante???? Não, muito chulo (tenho certeza que ele responderia isso). Ai que alívio, eu também detesto esse negócio de “ficar”.

Seria um caso???? Caso é coisa pra amante e graças ao Meu Bom Deus não se encaixa no estado civil dele.

Seria um namorado???? Ainda não, mas desejo que seja!!!!

No meio de um D.R.* (sim, a gente já faz isso => ebaaaaaaaa!!!!!) ele soltou: - Pensei que a gente pudesse continuar a nossa paquera. Ufa! Ele, em fração de segundos, conseguiu dar nome a aquilo que eu passei noites, filmes, músicas, buscando inspiração, mais que isso, buscando respostas pra denominar esse sentimento fresquinho, que ainda borbulha dentro de mim acelerando a minha respiração, me deixando com um sorriso mais largo do que eu já tenho, me fazendo sentir como uma menina de 5 anos, me mostrando todos os dias como o céu fica lindo azul.

Agora posso dar trégua à minha ansiedade e deixar que essa paquera vá crescendo, vá se solidificando, vá se transformando... naquilo que, no fundo, todos nós buscamos.

E quando isso acontecer, prometo que conto pra vocês!!!! Mas, torçam....

* Discutir a relação.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nada romântico

Esse negócio de amor romântico nunca foi o meu forte. Deve ser porque aos nove anos eu vivia entre tapas e presentes (nessa época eu ainda não beijava na boca) com meu namoradinho de escola.

O Fábio era aquele garoto encrenqueiro que a escola inteira tinha medo e como namorado...o próprio ogro!

Ele me enchia de presentes, o mais marcante foram duas pastas lotadas de papéis de carta com conjuntos de grande, médio e pequeno (os mais desejados por todas as meninas da minha idade).

Pelo que me disseram, ele pegou essas pastas da irmã mais velha, mas eu nunca acreditei.

Essas pastas acabaram voltando para as mãos dele (ou da irmã) em uma das nossas muitas brigas em que ele empurrou a minha mesa e derrubou meu material todo no chão e eu pra revidar joguei as duas pastas no lixo da sala de aula.

Foi aquele alvoroço, minhas amigas tentando me acalmar porque eu não parava de chorar e os amigos dele tentando conter o ânimo do nervosinho.

Chorei, chorei, chorei, mas até hoje não sei se foi por causa dos papéis de carta ou do fim do namoro. Como doeu jogar aquelas pastas no lixo, essa imagem nunca saiu da minha cabeça.

Depois o Fábio parou de estudar e eu nunca mais tive notícias.
Mas o fato é que ele foi o primeiro mito desconstruído da minha vida, porque aos nove anos descobri que alguns amores não têm nada de romântico, no entanto, deixam marcas do mesmo jeito, talvez até mais fortes.
P.S.: Imagem retirada do blog http://cafpreto.blogspot.com/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Amores eternos

Eu acredito nisto. Todos os amores são eternos.
As pessoas entram e saem das nossas vidas, as expectativas mudam, os sentimentos também, mas se um dia o amor existiu, mesmo que brevemente, ele permanecerá.

Digo isso baseada na afirmativa de que somos seres em construção. Seres construídos por relacionamentos de todos os tipos e natureza. Nascemos pra isso e enquanto não admitirmos e nos rendermos não seremos completos.

Se um dia alguém fez parte da minha vida e me afetou de alguma maneira, isso influenciou no que eu me tornei depois. E muito mais que isso, não dá pra ignorar que houve na minha vida alguém que fez meu coração palpitar desenfreadamente em um determinado tempo e espaço da minha história.

É como um livro: se você se envolveu com alguém na página nove e com outro na página doze, e quiser arrancar uma página depois, o livro fica incompleto. O episódio acabou, mas vai fazer parte da história pra sempre. Mesmo que você já esteja na página trinta, quando voltar à página nove aquele amor estará lá, exatamente do jeito que você deixou.

Na minha história, exatamente na página seis, existiu um certo menino branquinho dos lábios rosados que me fez gostar de ir à escola todos os dias de manhã. O nome dele o tempo apagou, mas basta fechar os olhos pra enxergar aquele sorriso lindo vestido com uma camisa branca e um shortinho vermelho do uniforme escolar.

Na mesma página existia mais um menino, com o mesmo uniforme e um sorriso um pouco menos inocente. Cabelos cacheados e nariz pontudo. Eu gostava dos dois, cada um com suas qualidades e defeitos, um era lindo e o outro tinha iniciativa.

Eu me dividia pra dar atenção a ambos na hora do intervalo. Me encontrava com um perto do escorregador e com outro atrás do montinho de areia...Desde o início sofria pra decidir com quem realmente eu queria ficar...no fundo eu sempre quis todos.

E assim começa minha movimentada vida amorosa.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Porque EU sou feita pro amor da cabeça aos pés

Embora já tenha passado por muitas desilusões, ainda assim, acredito no amor. A gente se apaixona pela idéia de se apaixonar. A gente adora se apaixonar! Os homens são apenas detalhes. As mulheres não amam os homens, elas amam o amor.

As amigas, os vizinhos, os colegas de trabalho e qualquer ser humano que note o meu sofrimento depois de conhecer um homem, me perguntam: como consegue ainda esperar o amor depois de tantas decepções? Eu respondo: É simples. É porque EU sou feita pro amor da cabeça aos pés.

Eu sou uma mulher com sonhos de menina. Desde que me entendo por gente meu sonho é casar e ter filhos. Ah... ter a minha família, chegar em casa exausta do trabalho e ver as crianças correndo pela casa, o maridão preparando um jantarzinho delicioso só para me mimar. É isso mesmo, espero essas coisas simples e que as pessoas não acreditam mais, talvez porque não valorizem mais. Claro que eu sei que a vida não é sempre esse mar de rosas, mas acho que podemos mudar muitas situações começando com um bom pensamento positivo, acreditando que as coisas podem e vão dar certo!

Está todo mundo muito desesperançoso com o amor, as pessoas não se propõem mais a investir, a arriscar, preferem viver em seus mundinhos sem a menor chance de tentar se abrir para esse sentimento tão avassalador com medo de sofrer. Tirem essas amarras e reajam - falta isso!

Quanto ao meu príncipe, já sinto ele chegar... Deus está caprichando!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Tudo tem um porquê

Com 25 anos recém completados acho que chegou a hora de parar e avaliar o que deu certo e o que deu errado nos meus relacionamentos.

Chegou a hora de organizar as idéias e rever conceitos, mudar de postura ou retomar ideais. Afinal de contas a experiências vividas até aqui foram válidas e espero que me sirvam para alguma coisa de hoje em diante.

Acredito sim que a vida ensina, mas apenas àqueles que estiverem dispostos a aprender e para aprender é preciso parar, parar e olhar, parar e rever, parar e pensar, parar apenas pra respirar fundo e seguir adiante.

E depois de disso ter a coragem de mudar se for preciso (sempre ), mudar o ritmo, mudar a direção, mudar a estratégia, mudar valores, mudar até mesmo o conceito do que significa mudar.
Eu quero mudar, quero acertar, quero coisas novas e alguns velhos conceitos reformulados, quero sacudir a poeira, jogar umas coisas fora, pegar outras de volta, quero ter sonhos mais nobres e continuar vivendo cheia de vontade de realizar, trabalhando pra isso pelo menos.

Por tudo isso estou aqui hoje. Vou olhar pra trás com mais calma para, quem sabe, poder olhar pra frente com outros olhos.