segunda-feira, 23 de março de 2009

Sutil diferença

Acho que existe uma grande diferença entre ser amado e sentir-se amado.
Já me senti amado por homens que hoje, analisando friamente não sei se me amaram de fato. Por outro lado fui muito amada por homens que não se fizeram entender, não demonstraram como eu esperava e no final: frustração. Mas hoje eu vejo que me amaram, meio sem jeito, mas aquele sentimento existiu, pairou no ar e só não se concretizou por culpa da expectativa (sempre atrapalha!).
Quando tinha 14 anos protagonizei um triangulo amoroso com o Leandro e o Luís Fernando. Eu namorava o Leandro e comecei a me envolver com o Fê do nada, lembro do primeiro beijo de novelaaaa), lembro que ele era todo errado, tinha parado de estudar, não tinha muito jeito com as palavras, era meio frio e até grosseiro as vezes, fumava maconha e não trabalhava.
Já o Leandro sempre foi o genro que minha mãe pediu a Deus, sem vícios, trabalhador desde cedo, sempre dizendo sim, romântico, atencioso, carinhoso etc etc etc. Ambos tinham 17 anos.
Eu me sentia muito dividida, mas como nunca fui boa atriz o Leandro percebeu minha frieza e acabou terminando comigo e quando eu ia cair nos braços do Luís minha mãe descobriu a fama e deu um escândalo...resultado: fiquei chupando dedo.
Eu me lembro até hoje da cara de decepção dele quando eu disse que teríamos que terminar porque minha mão não aceitava. Ele dizia: “Mas eu parei de fumar por sua causa!”, “Tava voltando a estudar, tô até procurando emprego”. E eu de coração partido porque não sentia tanta firmeza nele pra brigar por aquilo que eu sentia e que acreditava não ser correspondido a altura.
Acabei voltando com o Leandro...caminho mais fácil e seguro (Por que essa busca incessante por segurança ???).
Hoje posso dizer que o Fê me amou de verdade, mesmo não sabendo demonstrar com palavras, foi ele que abriu mão de um monte de coisa por minha causa, enquanto o outro só dizia sim por conveniencia e pra sustentar uma imagem que os outros tinham dele, afinal de contas ser de verdade dá trabalho. É muito mais fácil vestir a máscara da conveniencia e se dar bem com todo mundo, manipular situações e se fazer de interessado só pra se sentir interessante. No fundo o Leandro nunca fez nada por mim e sim por ele mesmo.
No fim eu acabei vítima das minhas expectativas, o Fê do preconceito e o Leandro da própria hipocrisia porque perdeu a oportunidade de viver algo de verdade.

"Precisamos ser ousados o bastante para sermos diferentes, humildes o bastante para cometermos erros, selvagens o bastante para ardermos com o fogo do amor, reais o bastante para que os outros vejam o quanto somos falsos." Brennan Manning

10 comentários:

Jocemi Oliveira [Jo*] disse...

muito obrigado viu...

ah, adorei seu poste, muito sincero...
acho que já passei por isso também...

beijo*

Mafê Probst disse...

É,
tem uma grande - enorme- diferença;

Deleite festas disse...

de sutil não tem nada né. auhauhauahuhaua


adorei o texto, parabéns
add o blog lá no meu

beijo!

Jônathas Ayres disse...

Primeiro vou responder sua pergunta: Sim. Eu amo a Soraya. Mesmo que tenha feito outro uso do meu amor, que não o simples "fruir de grandes paixões". Acho mais fácil amá-la como amiga.


Mas tenho também de comentar esse seu post. Não porque "apareci e devo comentar", já que muita vez eu não comento, mas porque realmente foi muito... Digamos inspirador.

Não sei bem o que senti quando li, mas vi muito sentido em tudo o que escreveu. Gostei muito mesmo. Acho que nessa minha busca incessante (acho que escrevi errado) de tentar entender as pessoas, acabo deixando passar detalhes assim... É por isso que eu adoro meus amigos blogueiros: Sempre me ensinam algo que eu talvez já saiba, mas nunca havia pensado sobre.

Beijos!

Anônimo disse...

Oi, moça!
Sim, você falou e disse. O curioso é que a gente só percebe a sutil diferença quando já passou...
Bjo!

NiNah disse...

Com certeza há uma diferença.
Seria interessante em ambas as partes. rsss
Bjos

Suzy disse...

mto interessante o texto... eh.. eh pra pensar,
bjao

Herllon Fonseca disse...

os costumes fazem com que cada um ame diferente. Isso é ruinzão

Sw disse...

rs... amores amores...

eu queria sentir isso um dia

Thiago disse...

é importante perceber essa diferença para que não seja tarde demais!